segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

B

Nos acontecem coisas que quando achamos que essas estão mortas, elas ressurgem e nos englobam em seu véu. Aturdidos nos deixamos envolver sem pensar no amanhã. Num frenesi intenso de felicidade "infinita". Não se pode pensar em consequências quando tudo que você sonhou está ao alcance das mãos.
Você se habitua, uma nova rotina é criada (e você gosta de rotina, ela lhe trás segurança), os medos diminuem com o passar do tempo e você se vê realizado.
Amores crescem, amores que você nunca sonhou em sentir. Algo tão puro e inocente. Daí o medo retorna em momentos. Seria ironia do destino algo tão bonito ser retirado de ti sem aviso prévio? NÃO!
Isso é a vida rapaz! Acostuma-se e VIVA, isso aqui não é para amadores! Nada é do que jeito que você quer. Mas quem sabe um dia possa ser? Quem sabe...
Após tantas porradas você se torna mais forte. A dor sempre será a mesma ou maior. Mas tua muralha está mais firme, talvez tenha amadurecido ou talvez se acostumado a tudo que de bom acontecesse, algo ruim se sucedesse.
Enfim, mas a gente continua na saga acreditando que após tantas vidas, no fim algo melhor nos espera.
Victor C.



sexta-feira, 8 de junho de 2012

O palhaço que voltará a sorrir

Quem me dera poder te envolver e te proteger do mundo. Fazer-te feliz como naquela outra vida que um dia tivemos e que hoje parece totalmente fora de foco, obsoleta.
Sonhos interrompidos, rumos opostos seguidos... O recomeçar nunca foi tão difícil.
Te dei tudo; minha vida, minha alma, meu ser... Prometi ser teu e de mais ninguém. Tu teve tudo nas mãos e ao mesmo tempo o "tudo" que eu te proporcionei não lhe significou nada.
Voe para longe, bem longe; tão longe que me faça te apagar. Com pesar nos olhos e aquela dor costumeira no peito eu finalmente pretendo me libertar e aceitar.
Que sá inovar, nos permitir? Explorar o desconhecido. Gozar da vida como se a mesma fosse um imenso picadeiro. Ser o palhaço mais feliz do mundo, mesmo que por traz daquela tinta exista a cicatriz que um dia tu deixaste.
Victor C.

domingo, 18 de setembro de 2011

Volta...

     Eu não sei por que e como isso ainda acontece, só sei que você está presente em tudo, desde o meu acordar até o meu adormecer. Só Deus sabe o quanto eu rezo e imploro para que esse sentimento se disperse e se torne apenas uma mera lembrança feliz.
     É agonizante saber que sinto isso sozinho, que pra você nada disso possui importância alguma. Tudo que fiz, e me arrependo de muitas coisas, foi por te amar, foi por querer ter tudo aquilo de volta.
     Por mais que eu tenha outra, o sentimento de vazio se perpetua em todas as lacunas. Não sou eu mesmo, aplico uma máscara de felicidade que não existe. Queria ter o poder de invadir sua alma e resgatar todo o amor que um dia sentiste por mim. Se torna ridículo dizer isso; eu sei, mas meu ser não vislubra outra alternativa.
     Tudo, e quando eu digo tudo, é tudo mesmo me remete a você. Não julgue que sou fraco ou que isso tudo é apenas uma forma de conformismo, porque não é. Eu só quero você de volta, com todos os teus defeitos, tuas manias, porque eu não ligo... eu os amo.

Victor C.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma hora ela vai embora...

     Saudade é um sentimento traiçoeiro ao meu ver. Dependendo do motivo pelo qual venhamos a senti-la, poderá a mesma ser reconfortante ou até mesmo destrutiva.
     É tão bom quando possuímos orgulho de um determindo momento que vivemos com alguém e mesmo que tenha havido um fim, conseguimos possuir gratidão por termos sido felizes. Um sorriso brota eminente na face. Onde não há mágoas... Aquela saudade gostosa.
     Embora nem tudo sejam flores, nos pegamos em fases desoladas. Saudade de um alguém que sabemos que não nos fez e não nos tem feito bem e mesmo assim um véu recai sobre nossos olhos e esquecemos todo o mal que passamos.
     Saudade não há tempo, não possui idade; é infinita dentro da perspectiva de cada ser. Ela vem e vai como um ciclo vicioso, nos prega peças. Se um dia ela irá embora? Não cabe a mim saber.
     Pensando bem, saudade é um sentimento bom, apego não. Não existe forma de se explicar a diferença entre saudade e apego. Temos que descobrir, com esforço próprio esta diferença, sentindo. Para sentir é preciso isolar a matéria envolta no caso e simplesmente deixar que a emoção aflore, sem forma e sem tempo. Forma e tempo são matéria. Na essência do Universo o tempo não conta. Não há, portanto, regra que possa ser aplicada para se gerar a própria felicidade. Basta viver!
     Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho: SAUDADE!
Victor C.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Só;

     A percepção de que não preciso de exatamente ninguém para ser feliz, finalmente está caindo sobre meus olhos. Embora mesmo que de uma forma ligeiramente gradativa, porém não menos existencial. E isso tudo é muito estranho; mais um novo começo.
     Parece que inconscientemente acabei me acostumando com o sofrimento, às vezes um tanto quanto exagerado (confesso), mas eles eram minha única companhia, me confortavam, me tiravam do marasmo e me jogavam na cara um motivo pelo qual "existir", que tolice. Querendo ou não, não ter em quem pensar no momento em que repouso a cabeça no travesseiro para dormir tem-se me mostrado demasiadamente vazio, solitariamente triste.
     O fato de ter que me readaptar a mais essa situação, redundantemente me incita à busca por mais um anseio louco em âmbito de suprir essa carência que sempre torna e retorna.
     Sei também que a vida possui seu curso natural e por mais que eu busque desenfreadamente por algo que não sei ainda ao certo o que seja, com o tempo tudo irá desanuviar-se por completo; sem pressa e ambição eu encontrarei o que me completará.
Victor C.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Lost...

     Ultimamente sinto como se a cada instante estivesse acordando na inércia, e pior que isso, me vejo totalmente perdido. Como se tivesse acabado de nascer sem possuir discernimento sobre exatamente nada, uma criatura jogada em um mundo absurdamente desconhecido, onde olhares machucam mais do que qualquer tipo de tortura existente. Refugiado dentro do meu próprio ser, com medo e alheio a tudo. Toda e qualquer tipo de vontade me é ausente.
     Não consigo ter uma explicação lógica para isso, faltam-me palavras e quando finalmente as encontro, seu desvencilhar se torna pragmático; um balé misto, rápido e fugaz.
     Não há mais para onde fugir. O que me resta é simplesmente aceitar essa condição, não vejo outra maneira.
     É um tipo de sentimento muito novo, uma dor eloquente sem precedentes. O fato de não conseguir extravasar essa angústia externamente está me corroendo por dentro. Eu sei que um dia isso tudo vai passar, mas minha mente não consegue processar essa idéia, os dias subtamente não passam mais.
Victor C.


quinta-feira, 10 de março de 2011

De volta à rotina.

     Já não consigo mais fingir nada que se passa comigo, está tudo tão nítido, me transpareço só com o olhar. E jamais eu desejaria querer ser alvo do sentimento de pena de qualquer que seja o ser. Me disfarço entre olhares buscando um refúgio que me tire de tudo isso.
     Quando eu penso que o suficiente já está à minha porta, uma onda vem e bagunça ainda mais minha já confusa alma. Não tenho vergonha alguma ao dizer que me arrependo de coisas que fiz, se torna ridículo e clichê dizer o oposto. Quisera eu que para tudo na vida houvesse uma forma mágica e rápida de se poder voltar e traçar uma rota totalmente diferente da qual em determinado momento decidimos percorrer.
     Quanto mais o tempo passa, mais percebo que eu realmente não me conheço sequer um pouco; que meus desejos e sentimentos me pregam peças; que meu desapego pode ser meramente ilusório.
     O viver sozinho tem sido difícil, talvez seja o costume falando mais alto, nada mais me satisfaz, e o que poderia o fazer eu não tenho em mãos.
     A vida tem se moldado muito estranha à minha frente, como se me encontrasse em realidades paralelas num frenesi intenso de dor em ambas, não havendo nenhuma contraparte. Já não tenho mais forças de me esconder do que quer que seja, me expondo ao ridículo tenho me encontrado mais vulnerável do que imaginara. O medo do silêncio me atrai mais do que nunca.
     Questiono-me se preciso disso tudo, mas confesso que me acostumei com sentimentos frios, hoje me sinto confortável com suas respectivas presenças. Tenho medo de me tornar depressivo demais, já não sei se cabe a mim ficar nesse caminho por opção ou tentar me reerguer. A cada texto me repito mais e mais, pergunto-me até quando... Minha fragilidade nunca esteve tão clara. 
     Encontro-me literalmente dentro de um trem, retornando hoje à minha rotina entediante, digitando no meu celular mais um devaneio real de platonismo.
Victor C.